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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

19
Jan13

Águas Frias (Chaves) - Castelo de Monforte do Rio Livre ... um pouco da sua história ...


Mário Silva Mário Silva

 

 

Castelo de Monforte do Rio Livre

 

(considerado Monumento Nacional desde 1950 através do Decreto n.º 37728, DG, I Série, nº 4, de 05-01-1950)

 

 

 

A ascensão de Monforte de Rio Livre a cabeça de território aconteceu no reinado de D. Afonso III, no mesmo processo de organização da fronteira setentrional tentada por este monarca e que deu origem, por exemplo, ao castelo de Montalegre. A sua primitiva forma, todavia, parece ter-se consumado ainda no século XII, altura em que se encontra documentado um nobre tenente do castelo. Paralelamente, alguns autores apontam também como provável origem do povoado o período proto-histórico, atribuição que se assume como essencialmente tradicional, não se tendo, até agora, identificado quaisquer vestígios materiais que a confirmem.

 

 

 

A maior parte do conjunto actualmente edificado data de finais do século XIII e primeira metade do seguinte. Depois de passada a carta de foral de D. Afonso III, em 1273, a (re)construção da fortaleza continuou pelo reinado de D. Dinis e estaria concluída na primeira metade do século XIV, altura em que se documenta a presença de um alcaide na localidade e se verifica um forte crescimento do espaço urbano. 

 

Planta alçado Sul 

 

A torre de menagem, construída em 1312, é o principal elemento remanescente e aquele que confere ao castelo a imagem militar por excelência.

 

 

 
 Planta da torre, do adarve e da cobertura Planta da entrada da torre
 
 
 Planta corte CD e EF Planta aérea

 

De planta quadrangular, compõe-se de três andares, escassamente documentados exteriormente por apertadas frestas, e com acesso por porta elevada, de arco em volta perfeita, aberta numa das faces voltadas ao pátio interior do recinto. Em altura desconhecida, este acesso foi protegido por um alpendre, de que ainda restam os vestígios de adossamento do telhado.

 

                                   Foto do Castelo de Monforte do Rio Livre de 1949                                  

No piso inferior, a torre possui uma cisterna abobadada, a que se acedia através de uma abertura axial. O piso nobre era o segundo e separava-se do inferior por meio de uma abóbada de berço, de que apenas restam os arranques. Finalmente, o acesso ao adarve exterior era efectuado por uma escadaria em caracol, "integrada na espessura da parede", sendo o coroamento efectuado por uma série de mísulas tripartidas, que suportariam um desaparecido balcão de matacães.

 

                               Obras de restauro em 1962                             

O castelo propriamente dito compõe-se por um pátio rectangular, delimitado por muralhas de aparelho cuidado, a que se acede por duas portas: a do lado Sul é de arco em volta perfeita e vão relativamente estreito; a do lado ocidental, mais larga e de arco quebrado, era a porta principal, colocando em comunicação o reduto defensivo com a vila medieval.

 

 

                                    Foto do Castelo de Monforte do Rio Livre de 1963                                  

Esta, tinha três portas, e era cercada por uma muralha que se ligava à do castelo e que rompia a simetria do conjunto para proteger uma pequena fonte. No seu interior, existia a Casa da Câmara, a igreja paroquial e a capela de Nossa Senhora do Prado, edifícios ainda de pé no século XVIII.

 

 
                                         Pormenor da Torre de menagem                                       

 

O momento de apogeu que o reinado de D. Dinis significou, depressa deu lugar a uma lenta decadência. Menos de um século depois, D. João I viu-se forçado a criar, em Monforte, um couto de homiziados, devendo datar, dessa altura, a barbacã e o fosso que rodeava o castelo nos inícios do século XVI.

 

 
                                         Castelo de Monforte do Rio Livre na atualidade                                       

Por essa altura, D. Manuel renovou o foral da localidade mas, mesmo assim, a medida não foi suficiente para evitar o despovoamento da vila, que contava, por essa altura, "X ou XII vizinhos e todas as outras casas sam derrybadas e feytas em pardieiros".

 

 
                                    Pormenor do interior da torre de menagem                                 

 

A última fase de obras data da Restauração da Independência, a partir de 1640. Nessa altura, construiu-se um "meio baluarte" sobre parte da parcela acrescentada no final da Idade Média e outras estruturas localizadas a Leste da torre de menagem.

 

 

                                                   O Castelo por entre as árvores                                                 

 

Sujeita a obras nos meados do século XX (especialmente a cobertura de betão e telha da torre de menagem - 1962), o local foi alvo de melhoramentos na década de 90, tendo-se efectuado uma campanha arqueológica elementar no interior e dotado o local de parque automóvel e outros melhoramentos, mas o conjunto aguarda, ainda, um projecto de investigação arqueológica global.

 

In: http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/73390/

 

 

                      Parque de merendas adjacente ao Castelo de Monforte do Rio Livre                   

 

Nota:

Pena é, que o Castelo de Monforte do Rio Livre  considerado desde 1950 Monumento Nacional não seja visto, pela entidade competente pela sua gestão (IGESPAR), como tal, deixando-o detiorar-se; sem haver uma política de divulgação deste espaço histórico e de uma invejavel localização podendo-se disfrutar de uma paisagem deste "Reino Maravilhoso" como descreve Miguel Torga.

Além do monumento em si, também seria de rever os seus acessos, que após cada Inverno se encontram sulcados de valas cavadas pela água, não incentivando um renovar da visita.

É pena, pois poderia valer a pena ...

 

 

                                    Castelo de Monforte do Rio Livre no cimo da Serra do Brunheiro                                  

 

 

 

 

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Mário Silva 📷
11
Jan13

Águas Frias (Chaves) - A Escola ...


Mário Silva Mário Silva

Muito se poderia dizer sobre a Escola em Águas Frias, mas isso ficará para outra altura, em que tenha maior disponibilidade.

Assim deixo-vos uma foto da Escola e um belo poema de Paulo Freire, grande pedagogo brasileiro.

Com eles poderemos refletir sobre a ESCOLA e "matar saudades" dos tempos da nossa infância ...

 

 

 

Escola é...


O lugar onde se faz amigos
Não se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas, horários, conceitos...


Escola é, sobretudo, gente,
Gente que trabalha, que estuda,
Que se alegra, se conhece, se estima.

 


O diretor é gente, 

o professor é gente,
O aluno é gente.
Cada funcionário é gente.


A escola será cada vez melhor
Na medida em que cada um
Se comporte como colega, amigo, irmão.


Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
Que não tem amizade a ninguém
Nada de ser como o tijolo que forma a parede,
Indiferente, frio, só.


Importante na escola não é só estudar, não é só
Trabalhar,
E também criar laços de amizade,
É criar ambiente de camaradagem,
É conviver, é se “amarrar nela”!

Ora, é lógico...
Numa escola assim vai ser fácil
Estudar, trabalhar, crescer,
Fazer amigos, educar-se,
Ser feliz.

 
de Paulo Freire

 

 

 

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Mário Silva 📷

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