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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

30
Mai08

Águas Frias (Chaves) – Percorrendo a Freguesia (parte III) – Avelelas


Mário Silva Mário Silva

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Continuando a viagem pela freguesia de Águas Frias e deixando a Aldeia de Sobreira (ou Assobreira) …. “segui até ao cruzamento e virei à direita, retomando a estrada municipal 514-1 que me levaria até …”  AVELELAS.
Segui a velocidade reduzida para ter oportunidade de admirar a paisagem de planalto onde as giestas floriam,
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os carvalhos cresciam em pequenos aglomerados e na linha do horizonte a cada monte se elevava um outro – afinal, estamos em Trás-os-Montes.
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Finalmente comecei a visualizar o casario da aldeia.
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Percorri toda a rua central ladeada de habitações de construção recente, o que demonstra alguma vitalidade dos residentes e/ou interesse dos seus emigrantes dentro e fora do país) que investem na sua terra natal, preparando um merecido conforto aquando do seu regresso definitivo.
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Percorri o núcleo de Avelelas, encontrando, por entre as suas ruas estreitas, casas que mantêm a sua traça original de dois pisos em granito, já escurecido pelo tempo, com o piso inferior destinado às lojas de animais, adega ou para a guarda das alfaias agrícolas e a sua escada exterior que dava acesso à tão característica varanda e à habitação propriamente dita.
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Pena é que algumas destas belas casas estejam sem uma utilização que melhor as  dignificassem.
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A par destas encontrei muitas outras que de uma maneira ou doutra, foram sendo recuperadas.
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Encontrei bonitos fontanários que hoje já não têm a utilização de outrora, pois a autarquia já dotou de água canalizada a todas as habitações da Aldeia.
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Deparei-me também com um singelo mas belo cruzeiro com uma peculiar particularidade – a imagem (desconhecendo o nome do santo) por qualquer razão (que também desconheço) “perdeu” a cabeça, mas isso não foi obstáculo para as gentes de Avelelas, já que esculpiram uma nova, em granito, devolvendo a plenitude da imagem.
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“A necessidade aguça o engenho”.
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Duas outras construções me chamaram a atenção: a primeira que se me deparou, foi uma pequena capela (mais uma vez demonstro o meu desconhecimento já que não sei a que santo(a) é dedicada), que embora tenha já 110 anos (construída em 1898) se encontra em muito bom estado de conservação.
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Também em muito bom estado de conservação está a igreja, que numa primeira incursão não descobri, já que se encontra no interior do casario. É um bonito exemplar de igreja transmontana com a sua torre sineira luso-galaica.
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Destes exemplares de edifícios/equipamentos públicos, o que mais me espantou foi o cuidado que as gentes de Avelelas demonstraram na conservação e manutenção do seu património cultural e das suas memórias. É um exemplo para muitas povoações, muitas delas dizendo-se urbanas e “civilizadas”.
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Como disse no início deste relato, aqui há sinais de vitalidade.
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Pelas ruas fui cruzando com bastantes pessoas, ...
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... atarefadas nos seus afazeres, rebanhos de ovelhas, levando ou trazendo os animais dos trabalhos agrícolas, os tractores trabalhando nos terrenos e até um belo exemplar de raça asinina se pôs em pose em presença da máquina fotográfica.
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Quanto a crianças, de facto vi muito poucas, mas seria por estarem nas aulas? Ou será que são, de facto, poucas?
Voltei à rua central e retomei o caminho inicial.
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Como fiz, noutras alturas, parei, e deixei o olhar estender-se pela paisagem com Aveledas ao fundo. Continuei, as casas deram lugar aos campos, bem tratados e, mais uma vez, o centeio balouçava ao sabor da brisa do planalto.
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Enquanto conduzia, ia pensando “com os meus botões” :
Que extensa é a freguesia de Águas Frias e quantas belezas encerra”.
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Mas lá fui continuando …
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Quando finalmente cheguei ao cruzamento, encontrei uma pequena placa que apontava “Castelo”.
 
Foi para lá que me dirigi e, …
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Mário Silva 📷
22
Mai08

Águas Frias (Chaves) - Percorrendo a Freguesia (II) - Sobreira


Mário Silva Mário Silva

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… Depois de termos deixado Assureiras e tomando “a estrada 541-1, seguindo a placa que indica as Aldeias de Avelelas e Sobreira (a placa indica incorrectamente o nome de Assobreiras).
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A subida é sinuosa. Mas a paisagem que se vislumbra é fabulosa. O melhor será parar a meio e deliciar-se com uma visão deslumbrante das aldeias em redor e até serras galegas”. Outra visão que encontrará será a do Castelo de Monforte do Rio Livre que na altura estava rodeado de gestas brancas, qual “neve” branca em dia solarengo.
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Depois da subida, encontramos um cruzamento e, seguindo a placa “Sobreira”, viramos à direita, pela estrada municipal 1059. Mesmo antes de entrar na Aldeia fiquei maravilhado com a paisagem de planalto e com os terrenos bem trabalhados com extensas terras de centeio que balouçavam ao ritmo da aragem um pouco fresca.
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Ao longo a rua principal encontrei casas de construção recente.
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Parei no largo da igreja e ...
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... embrenhei-me pelo núcleo da Aldeia.
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Encontrei recantos belíssimos embora com muitas casas em estado de abandono em contraste com casas renovadas e com habitações construídas de raiz, em especial nas extremidades da Aldeia.
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A parte central da Aldeia, com as suas ruas estreitas, traz-nos um encanto em cada esquina, em que o granito das suas paredes transparece todas as características de Aldeia rural de montanha.
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Pelo que me apercebi os residentes (resistentes) são cada vez menos e com cada vez menos crianças e jovens, sendo a população envelhecida. Esta evidência é notória quando vemos o edifício da escola primária em abandono, em que o lugar onde outrora corriam e brincavam crianças está agora ocupado por ervas daninhas.
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Em contraste com esta realidade, as poucas pessoas que encontrei e que fui abordando, foram de uma gentileza que me sensibilizou, já que ali eu era um perfeito desconhecido.
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Fiquei encantado com a Aldeia da Sobreira e com as suas Gentes.
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O nome da Aldeia, sempre me intrigou, já que aparece de diferentes grafias: Sobreira; Assobreira ou Assobreiras. As pessoas que abordei e questionadas sobre a verdadeira denominação, todas elas me afirmaram peremptoriamente que sempre a conheceram como sendo Sobreira e que a placa que se encontra nas Assureiras estava errada. Sobre o assunto, logo que me seja possível, investigarei um pouco mais. Assim, fica a dúvida. Sobreira, Assobreira ou Assobreiras? Uma coisa é certa, devia haver uma uniformização da denominação nas placas identificativas.
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Voltei, para trás, pela mesma estrada. Ainda parei, para mais uma vez observar a Aldeia de Sobreira e quanto se enquadrava na paisagem. E pensando … voltarei muito brevemente.
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Segui até ao cruzamento e virei à esquerda, retomando novamente a estrada municipal 514-1 que me levaria até …
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Mário Silva 📷
17
Mai08

Águas Frias (Chaves) - Percorrendo a Freguesia (I) - Assureiras


Mário Silva Mário Silva

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Aproveitando o último fim de semana prolongado, concretizei uma intenção há muito desejada – fazer uma visita a todas as Aldeias da freguesia de Águas Frias.
A freguesia de Águas Frias é constituída por 5 aldeias:
- Águas Frias (sede de freguesia)
- Assureiras (de Baixo, do Meio e de Cima);
- Avelelas;
- Casas de Monforte;
- Sobreira.
Esta visita foi curta, já que o tempo é sempre pouco para se estar com os familiares, os amigos, fazer caminhadas pelas ruas e campos da Aldeia, mas mesmo assim, deu para tomar um primeiro contacto com as aldeias que só conhecia de passagem ou aquando dos seus arraiais, em Agosto.
Este pequeno percurso, quero partilhá-lo convosco, deixando, desde já claro que a observação foi superficial, sem elementos documentais e o contacto directo com as suas Gentes foi residual, mas deixando-me vontade de para cada uma delas, uma visita individualizada e mais cuidada.
Tendo como ponto de partida a Aldeia de Águas Frias, dirigi-me de imediato à Estrada Nacional 103, em direcção a Chaves e quase de imediato encontramos a Aldeia de Assureiras. Esta está dividida em Assureiras de Baixo, do Meio e de Cima.
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A primeira que encontrei foi a de Cima, sem qualquer placa identificativa, já que corresponde na sua totalidade (penso eu) à propriedade da família Barros.
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É constituída por uma bela mata com imponentes e antigos castanheiros e carvalhos que devido à sua folhagem dão um colorido diferente em cada uma das estações do ano e qual delas a mais encantadora. Esta mata estende-se por toda a encosta da Serra do Brunheiro até ao Castelo de Monforte do Rio Livre.
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No seu interior existe um pequeno aglomerado de casas da mesma família e próximo da estrada existia uma belíssima casa de traça tipicamente transmontana que há muito desabitada, acabou por desabar aquando do último incêndio. Foi pena (aos meus olhos) pois considerava-a um belíssimo exemplar de casa desta região.
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Descendo mais alguns metros pela estrada nacional, logo deparamos com Assureiras do Meio, com algumas casas novas ao longo da estrada.
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No seu interior, entre ruas estreitas, encontramos um pouco de tudo: casas graníticas (muitas delas abandonadas), outras recuperadas e até algumas feitas de novo.
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Um pouco mais abaixo e do outro lado da estrada encontramos Assureiras de Baixo que em tudo se assemelha às do Meio.
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A Aldeia tem uma pequena mas recuperada capela que se não me engano (corrijam-me se for o caso) é dedicada a Santo Amaro.
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Ainda existe um forno comunitário onde se cozia o pão centeio e os famosos folares.
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Sobre esta Aldeia, que já teve a denominação de Portela das Três Vilas, aconselho a visita ao Blog Chaves através dos seguintes links (“Portela das Três Vilas-Vila de Baixo” e   “Das Assureiras do Meio até às de Cima”  )
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Voltando à estrada nacional e no cruzamento, nas Assureiras do Meio, tomo a estrada 541-1, seguindo a placa que indica as Aldeias de Avelelas e Sobreira (a placa indica incorrectamente o nome de Assobreiras). A subida é sinuosa. Mas a paisagem que se vislumbra é fabulosa. O melhor será parar a meio e deliciar-se com uma visão deslumbrante das aldeias em redor e até serras galegas.  
... 
Continuando … iremos em direcção à Aldeia de Sobreira, que ficará para o próximo post deste espaço. Até já.
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Mário Silva 📷

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